O diabetes é uma condição clínica que afeta cerca de 12% da população no Brasil – aproximadamente 23 milhões de pessoas – e está na lista das 5 doenças de maior índice de morte do mundo. Uma das maiores preocupações de médicos que tratam pacientes com diabetes é como protegê-los de doenças cardiovasculares, já que a diabetes é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças do coração. Neste artigo falaremos mais detalhes a respeito da diabete tipo 2 e sua associação com doenças cardiovasculares. Continue a leitura!
O que é Diabetes?
De acordo com a o artigo Diabetes publicado pelo Ministério da Saúde, o diabetes é uma doença caracterizada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e é responsável por garantir energia para todo o corpo. A insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de glicose (açúcar) transformá-las em energia para manutenção das células do nosso organismo.
O diabetes pode causar o aumento da glicemia, que em altas taxas pode levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte.
Diabete tipo 2
É o tipo mais comum de diabetes e se desenvolve por uma resistência das células à ação da Insulina. Na diabete tipo 2, o pâncreas produz Insulina, mas, no entanto, ela não consegue desempenhar seu papel com eficiência, que é transportar a glicose do sangue para dentro das células, aumentando assim as concentrações da glicose na corrente sanguínea. A esse fenômeno, os cientistas chamaram de “resistência à Insulina”, que é desencadeada geralmente por hábitos não saudáveis, sendo a chance de adquiri-la maior com o avanço da idade, obesidade, pressão alta e gordura no sangue.
Principais sintomas do diabetes
Os principais sintomas do diabetes incluem fome, sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia. No diabete tipo 2 também pode haver:
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Formigamento nos pés e mãos;
- Vontade de urinar diversas vezes;
- Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
- Feridas que demoram para cicatrizar;
- Visão embaçada.
Diabetes associada a doenças cardiovasculares
Uma das principais consequências do diabetes mal controlado é o aparecimento de doenças cardiovasculares. A Associação Americana do Coração considera o diabetes como uma das sete maiores doenças controláveis que apresentam fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. E os números são altos: pelo menos 68% dos pacientes diabéticos maiores de 65 anos vêm a óbito por problemas cardíacos, e 16% morrem por derrame. Além disso, adultos com diabetes têm 2 a 4 vezes mais chances de morrerem por doenças cardíacas se comparados a adultos que não lidam com a doença.
No artigo Por que diabetes aumenta o risco de doenças cardiovasculares? publicado no Portal Drauzio Varella, entendemos que essa relação entre o diabetes e as doenças cardiovasculares resulta em um número de fatores que aumentam o risco de infarto e AVC. Isso acontece porque a parede interna ou revestimento interno da artéria (endotélio) em pacientes com diabetes perde suas propriedades protetoras, permitindo que células anormais entrem no vaso. Essa disfunção endotelial é a anormalidade inicial na formação de ateroesclerose (placas de gordura). “O metabolismo do diabetes resulta em partículas de gordura que são quimicamente modificadas e tóxicas à parede da artéria. Essas partículas de gordura modificadas e tóxicas são absorvidas pelas células dentro da parede da artéria. Por fim, elas matam essas células, o que resulta em uma reserva de gordura: a placa aterosclerótica”, explica o cardiologista canadense David Fitchett, do Hostpital St. Michael’s, de Toronto, que ministrou palestra em congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) realizado em maio de 2016.
As plaquetas (células sanguíneas que iniciam a formação de coágulos no sangue) são mais aderentes em pacientes com diabetes, aumentando a probabilidade de obstrução do endotélio anormal. O endotélio anormal e a inflamação aumentada dentro da parede da artéria resultam em um estado que faz com que o revestimento da artéria tenha maior risco de romper, expondo o sangue à placa gordurosa dentro da parede. Isso é um estimulante poderoso para a formação de coágulos que podem obstruir a artéria, resultando em infarto (artérias coronárias obstruídas) ou derrame (artérias cerebrais obstruídas).
Tratamento para o diabetes
O tratamento do diabetes é baseado em cinco conceitos:
- Conscientização e educação do paciente sobre sua condição clínica;
- Alimentação e dieta adequadas para cada tipo de diabetes e para o perfil do paciente;
- Vida ativa, além da prática de exercícios;
- Tratamento medicamentoso: Hipoglicemiantes orais (remédios que auxiliam a ação da Insulina) e, em alguns casos, Insulina;
- Monitoramento regular dos níveis de glicose.
O tratamento do diabetes com um controle cuidadoso é necessário para reduzir os riscos das complicações a longo prazo.
No caso específico de diabete tipo 2, o tratamento deve ser feito através do controle da doença, por meio da combinação de dietas, exercícios e perda de peso. Além disso, devido aos altos riscos associados de doença cardiovascular, devem ser feitas modificações no estilo de vida do paciente de modo a controlar a pressão arterial e o colesterol, como cessação do tabagismo, prática de exercícios regulares (ao menos 3x por semana, por um período mínimo de 30 minutos), redução da ingestão de carboidratos refinados (açúcar, farinha de trigo, massas, pães, bolos, etc.), frituras e álcool, e consumo de alimentos saudáveis, dando preferência a legumes, frutas e verduras. Em alguns casos também é necessário tomar medicamentos para reduzir e controlar a pressão arterial em conjunto com os medicamentos de controle do diabetes.
Sua chance de combater o diabetes pode estar no CEPIC!
O Centro Paulista de Investigação Clínica oferece a você a oportunidade de participar de uma pesquisa clínica com novos medicamentos para o tratamento do Diabetes Mellitus, com protocolos de pesquisa clínica acompanhados por médicos em consultas e exames periódicos. A participação é permitida somente para maiores de 18 anos, sendo voluntária e gratuita. Clique aqui e entre em contato com o CEPIC para saber como participar do tratamento. Esperamos por você!
